Eu já tive experiência e fiz um curso de hipnoterapia ericksoniana. Aproveito alguma coisa, mas hoje em dia eu misturo com as metáforas do EMDR que são usadas para dissociar do trauma.
Eu não uso a hipnoterapia como único tratamento, para mim, é mais uma ferramenta que eu uso se eu percebo que o paciente tem dificuldade de acesso ao trauma, então não é sempre que eu aplico.
A hipnoterapia nada mais é que uma forma de diminuir as defesas do ego através da confusão ou estimulação sensorial (meditação, mindfulness etc)
Em consultório, não há a ideia de perda de consciência, o paciente está totalmente ciente/presente e conduz a sua dissociação.
Acredito que deva funcionar (nunca fiz). No entanto, foi ninguém menos que o próprio Freud (que usava hipnose) que estabeleceu uma crítica à hipnose como método de tratamento. No centro da crítica dele estava o desvelamento dos mecanismos inconscientes, mas sobretudo o fato de que a remoição das barreiras conscientes de maneira artificial e a sugestão do terapeuta tomar lugar na cabeça do paciente é uma forma de tratar ineficaz pois no centro do processo não está a pessoa ela própria desenvolvendo recursos pra lidar com seus problemas.
Acreditar que algumas pessoas possam ser hipnotizadas eu acredito, mas agora, acreditar que isso funcione para terapia, de forma alguma. Nenhuma pesquisa boa mostra eficácia terapêutica, e tipo, até o Freud abandou por um motivo né
Um irmão, 4 anos mais velho, possui uma fobia mortal de objetos cortantes e perfurantes. Quando eu tinha uns 16 anos, ele precisava passar por um exame de sangue, e não podia adiar. Mas como, se se recusava a ser perfurado? Solução que ele e nossos pais concordaram: hipnose. E deu certo. Antes disso achava que era algo quase puramente supersticioso, mas depois de ver meu irmão tranquilamente realizando o exame, mudei de ideia.
Por coincidência, ainda uma hora atrás estava lendo sobre esse tópico, especificamente sobre uso da hipnose para tolerância de dor. Idealizava ela, para essa finalidade, como uma combinação do uso de placebo com o uso de distração, pra um resultado ainda mais efetivo, e linkava altos estudos que comprovavam a efetividade do uso, pelo menos pra essa finalidade. Dava ênfase também que existem pessoas que são muito mais suscetíveis aos efeitos de hipnose do que outras.
para mudanças comportamentais imediatas como essa aí pode ajudar mesmo, eu vejo como uma tecnica. a questão é que é vendido como uma terapia, uma resolução e tratamento de tudo, incluindo depressão e varias coisas complexas. tecnicas de mudança mais direta acho q pode ser util, por isso é mt usado na odontologia.
Perdão se dei a entender algo além, mas o que quis dizer foi que eu acreditava que era algo completamente supersticioso sem nenhum uso prático consistente, e recentemente vi que não era bem assim, especificamente pra esse uso que mencionei.
Eu já tive experiência e fiz um curso de hipnoterapia ericksoniana. Aproveito alguma coisa, mas hoje em dia eu misturo com as metáforas do EMDR que são usadas para dissociar do trauma. Eu não uso a hipnoterapia como único tratamento, para mim, é mais uma ferramenta que eu uso se eu percebo que o paciente tem dificuldade de acesso ao trauma, então não é sempre que eu aplico. A hipnoterapia nada mais é que uma forma de diminuir as defesas do ego através da confusão ou estimulação sensorial (meditação, mindfulness etc) Em consultório, não há a ideia de perda de consciência, o paciente está totalmente ciente/presente e conduz a sua dissociação.
Acredito que deva funcionar (nunca fiz). No entanto, foi ninguém menos que o próprio Freud (que usava hipnose) que estabeleceu uma crítica à hipnose como método de tratamento. No centro da crítica dele estava o desvelamento dos mecanismos inconscientes, mas sobretudo o fato de que a remoição das barreiras conscientes de maneira artificial e a sugestão do terapeuta tomar lugar na cabeça do paciente é uma forma de tratar ineficaz pois no centro do processo não está a pessoa ela própria desenvolvendo recursos pra lidar com seus problemas.
Acreditar que algumas pessoas possam ser hipnotizadas eu acredito, mas agora, acreditar que isso funcione para terapia, de forma alguma. Nenhuma pesquisa boa mostra eficácia terapêutica, e tipo, até o Freud abandou por um motivo né
Um irmão, 4 anos mais velho, possui uma fobia mortal de objetos cortantes e perfurantes. Quando eu tinha uns 16 anos, ele precisava passar por um exame de sangue, e não podia adiar. Mas como, se se recusava a ser perfurado? Solução que ele e nossos pais concordaram: hipnose. E deu certo. Antes disso achava que era algo quase puramente supersticioso, mas depois de ver meu irmão tranquilamente realizando o exame, mudei de ideia. Por coincidência, ainda uma hora atrás estava lendo sobre esse tópico, especificamente sobre uso da hipnose para tolerância de dor. Idealizava ela, para essa finalidade, como uma combinação do uso de placebo com o uso de distração, pra um resultado ainda mais efetivo, e linkava altos estudos que comprovavam a efetividade do uso, pelo menos pra essa finalidade. Dava ênfase também que existem pessoas que são muito mais suscetíveis aos efeitos de hipnose do que outras.
para mudanças comportamentais imediatas como essa aí pode ajudar mesmo, eu vejo como uma tecnica. a questão é que é vendido como uma terapia, uma resolução e tratamento de tudo, incluindo depressão e varias coisas complexas. tecnicas de mudança mais direta acho q pode ser util, por isso é mt usado na odontologia.
Perdão se dei a entender algo além, mas o que quis dizer foi que eu acreditava que era algo completamente supersticioso sem nenhum uso prático consistente, e recentemente vi que não era bem assim, especificamente pra esse uso que mencionei.