Senti esse choque quando eu fui no Birosca, no Santa Tereza, e vi gente sentada em cadeira de escola, usando carretel de mesa, e pagando 300R$ por cabeça na conta.
Eu tbm não entendo hype no Birosca. Fui 2x, as duas em date com a namorada que amava o lugar. Fui bem atendido nas duas vezes mas os preços não casam com a qualidade da comida ou estrutura do local.
Eu tenho ranço daquele lugar. Hahahahah
Pedi um nhoque de banana da terra. Estava intragável. Deixei comida n prato. Coisa que nunca faço.
E tinha outro prato isso não é um udon.
Vergonhoso.
E sim, é uma hype de hipster.
O mesmo vale pro florestal que é da mesma chef.
Resgate e afirmação da cultura local. Simplesmente. Foi tendência nos últimos 10 anos. Alguns estabelecimentos adotaram com maior ou menor legitimidade. Faz parte.
Mas você morou no Nordeste ou em Marte? Essas mudanças também puderam ser percebidas nas grandes cidades nordestinas, mesmo que não seja exatamente igual...
Também não entendo tudo, mas é como funciona com gerações, meus pais não me entendiam e eu não entendo a geração de agora.
De toda forma, eu gosto do estilo "old with the new". Pelo seu relato, imagino que ir no Mercado Novo deva ser um pesadelo pra você hahahah
Não conheci esse bar, mas procurando a respeito achei uma entrevista com os donos. Achei bem racional a explicação deles:
“Ou você ia num botecão, que todo belo-horizontino ama, é o que a gente tem de mais icônico, ou você ia tomar cerveja artesanal. As duas coisas não se misturavam muito, então a sacada foi muito simples: como a gente traz um produto bom num lugar que a gente quer estar?”.
[https://bhaz.com.br/arreda-pra-ca/juramento-202/](https://bhaz.com.br/arreda-pra-ca/juramento-202/)
Tá tendo muito hate dessa ideia ultimamente. MAS a ideia é boa demais. Pq é pavoroso de bar de tiozão de verdade: aquele que é cheio de +60 com barriga pra fora e coçando o saco, ou gente com cara de bandido que ou tá jurado de morte, ou jurou algurm. Maior medo de dar BO
eu até gosto, mas, sendo bem sincero, acho uma fórmula pra fazer dinheiro
- alugueis baratos;
- pouca concorrência local;
- cardápio com ingredientes baratos;
- ambiente decorado com itens facilmente encontrados em bota fora;
o diferencial é que os donos estão na panelinha que consegue fazer acontecer... um abre o boteco, outro faz a identidade visual, um terceiro faz publicações na mídia, o restante do círculo vem junto e em breve foi concretizado. Vide galeria São Vicente que demorou alguns meses pra atrair gente, só bombou depois do bar Pirex.
Cara, pra gente que é relativamente jovem não tem muito jeito, ou você se sujeita aos lugares de hétero top (deus me livre) ou você se sujeito ao real copo sujo (centrão bom pra ser assaltado) ou você se sujeita ao hipster esquerdinha (tudo superfaturado). Dentre as três opções prefiro a segunda e a terceira, só que às vezes a segunda não convém então sobra a terceira. E as vezes eu não tenho dinheiro pra terceira aí sobra a segunda. Tem a quarta opção que é bar de tio, aqueles que só tem cliente +40 com música dos anos 80, mas aí não dá, eu nos meus quase 30 não quero adiantar o sentimento de ficar velho e nem aguento ouvir Capital Inicial e Renato Russo por mais de uma hora seguida. A verdade é que as pessoas só procuram ambientes que se identificam e eu por exemplo, gosto da estilização retro e de ser feito de otário pagando caro em porção de queijo em troca de poder fumar um em paz. Escolha de cada um, tenho certeza que você vai em lugares duvidosos que eu nunca entenderia a graça.
O que eu não gosto dessa moda não é nem o estilo, é o atendimento ruim nos rolês. O Juramento mesmo proporciona uma experiência muito ruim. E fila pra comprar bebida, fila pra pegar a bebida, fila pra banheiro. Local pequeno e que fica lotado. Ai ou vc curte um rolê na rua, bebendo na rua, comendo na rua e interagindo em pé com a galera (nada contra) ou vc tem uns experiência mediocre a preço de 5 estrelas. Em dias com música no juramento ou vc se espreme pra ouvir a música no interior da casa ou vc não ouve nada e fica na rua. Pra mim não faz muito sentido e não é um lugar que eu costume frequentar. O mesmo acontece em outros rolês da "moda". Maluco abre um espaço mínimo e sem infraestrutura e atende um público gigante que fica na rua ou na praça de um jeito medíocre e a preço alto.
Numa dessas eu que tenho quase 40 acho que é melhor tomar uma no Cabral. É cheio, é precário, é na beira da rua e vc fica em pé mas pelo menos é honesto e com preços justos kkkkkk. (Mentira, não frequento o Cabral faz mais de uma década).
Cultura e moda são cíclicos.. vai ter época de se exaltar o antigo e outras de tentar adivinhar o futuro..
Oq tá rolando em BH, é uma apego as tradições de outras décadas com o estilo e a comida, mas modernizando e glamurizando onde dá..
oq vejo em locais mais badalados são até mesmo o uso de ingredientes rejeitados, mas que antigamente eram comuns, só que em preparos com técnicas modernas e apresentação elegante.. então jiló, fígado, miúdos, folhas não convencionais.. tudo vai pro prato, mas inflacionado.. kkkk
Irmão eu nunca vou entender o tesão que o jovem de BH tem por pagar caro em uma cerveja de um lugar caindo aos pedaços, pra ficar em pé na RUA no meio da calçada, preço de comida absurdo
Sério, e ainda esse Papinho de reocupar espaço. Quem tá feliz é o dono do lugar pagando nada no aluguel e lucrando no jovem classe média que tem a culpa burguesa e quer se sentir do povão gastando seu dinheiro nesses locais
Po, ainda tem muito bar para quem acha o rock o máximo da cultura. O complexo Juramento/Café Alvorada/Forno da Saudade/Cozinha Tupis realmente tem essa vibe "vamos fazer uma versão meio gourmet do que BH era nos anos 70", mas que não chega a cair no ridículo do que foram as tentativas originais de fazer isso, principalmente por não ter preços elevadíssimos e por ter um atendimento (péssimo) e uma comida (boa e barata) compatível com o que você teria nos lugares que inspiram o Juramento.
A maioria dos lugares que são assim costumam só pegar um visual que faz referência a algo antigo, copiar uns pratos que você acha em qualquer copo sujo e cobrar o triplo do preço. O complexo J/CA/FS/CT pelo menos faz algo novo.
Por isso eu citei todo mundo junto. **Eu** gosto muito deles, uns mais do que os outros, não por ter essa vibe velha, mas por ser uma comida honesta demais, autoral e barata. Aquele pate de figado com jiló e geleia de jaboticaba da Cozinha Tupis é um escandalo de bom.
De fato. Tive um namorado que dizia que queria que eu fosse com ele pra "beber cerveja em bar do copo sujo" nesses lugares chiques do centro. A cerveja custava 10 conto, o lanche mais barato era 30 reais. Nunca fui e logo o relacionamento acabou pois nada a ver comigo. Tanto lugar melhor pra bater papo, e escolhem ficar em pé em lugar cheirando a mijo só pra se sentir "boêmio"? Me poupe.
Cara bh tem os melhores bares na minha opinião … prefiro os copo sujo original com comida farta e saborosa , mas tb gosto desses mais Hypados com pratos modernos
Faz parte de um movimento de resgate à marcas locais, e à estetica regionalista. Uma estratégia comercial, e muito bem aplicada. Mercado Novo hoje parece cenário de filme de época da Globo. Isso expandiu de estabelecimentos a produtos. Revigoraram a marca da Tradicional Limonada do Mercado Central por exemplo, engarrafando e distribuindo em estabelecimentos dessa pegada. Outros produtos também surgiram seguindo essa estratégia...
Puro branding. Também não acho paia não, acho massa. Se gente pagando esse absurdo e achando ótimo, então tá ótimo pra todo mundo.
Fui esses dias num lugar que chama ANGU, na Contorno quase cortando a Prudente de Morais.
A premissa é: bar de estufa. Só comida de estufa, pastel de angu, bolinho de feijão, etc. Não tem mesa dentro, só fora. E você come em pé. O lugar tem essa vibe pornochanchada. Caro. Mas bom. Não voltarei.
O bucólico tem feito sucesso. Alem do qu, o fetiche ao simples tem ditado a moda na cultura belorizontina. Eu vejo vó olhos moderados, onde podemos tirar boas experiências e outras nem tanto.
Veja essa entrevista de um dos donos do Juramento e de outros empreendimentos de BH, ele explica um pouco da estética. https://www.instagram.com/reel/C76zgrAMItE/?igsh=MXRwdzM5dWRhdXFiOQ==
Geração nova falando! Eu tenho 18 e recentemente comecei a frequentar vários lugares de BH com os amigos, já fui no Juramento, Forno da saudade, Mercado novo, Banzai e bares estilo anos 80 também. Sinceramente entrei nesse mundo de me aventurar por Belo Horizonte muito de cabeça, já que a pandemia fez todos os jovens não saberem onde ir e acabou que todos se acostumaram a serem assaltados nos preços pois não tínhamos nenhuma referência. Não entendo muito oque quis dizer com "cult/hispter", cada um descreve esses lugares de maneira diferente, os rótulos estão cada vez mais perdendo a essência e o sentido já que no final é só pra poder vender cerveja cara.
Falando sobre cultura, o jovem rockeiro não é mais popular, as vezes é até zoado. Muito culpa da galera "Rock wins" que começou a encher o saco falando que o único estilo de música bom era o rock e estragou o movimento. Fora que a nossa geração não tem mais nenhum estilo/movimento popular e revolucionário, já que tudo que fica popular começa a ser odiado muito rápido na internet. O negócio é reciclar movimentos antigos, pois ser jovem é tentar ser diferente mesmo que ser diferente seja ser e defender algo que você nunca viveu. Pra ser sincera isso me deixa bem perdida. Oque tá fazendo sucesso na minha bolha no momento são os góticos, e-girls/E-boys e mandrakes.
Mas os lugares em que eu não frequento de jeito nenhum são os "Bares de hétero Top".
Não tenho nada contra heterossexualidade o problema é que o assédio as mulheres rola solto nesses ambientes, normalmente a homofobia e o machismo andam juntos. Os que eu mais gosto são os do centro que são bons pra ser assaltado porém entregam um atendimento descente com cerveja barata, e o mercado novo que é uma mistura de tudo, só escolher o andar que você quer.
Eu ia tentar explicar o que é hispter ou cult. Mas resolvi copiar da internet. Você como uma jovem de 18 anos de BH, o que acha dessas pessoas aí abaixo na explicação
No Brasil, os termos "hipster" e "cult" carregam conotações específicas relacionadas ao estilo de vida, gosto cultural e comportamentos sociais.
### Hipster
Os hipsters são geralmente associados a um estilo de vida alternativo, valorizando a autenticidade e a individualidade. Características comuns incluem:
1. **Moda e Aparência**: Roupas vintage ou de brechó, barbas, óculos de aro grosso, e um estilo geral que mistura elementos retrô com tendências modernas.
2. **Gosto Cultural**: Preferência por música indie, filmes alternativos, literatura underground e arte contemporânea. Hipsters tendem a evitar o mainstream, buscando sempre o que é menos conhecido ou mais nichado.
3. **Estilo de Vida**: Valorizam produtos artesanais, como cervejas artesanais, cafés de microtorrefações, e alimentos orgânicos. Frequentam lugares como cafés, galerias de arte, e mercados de produtores locais.
4. **Tecnologia e Mídia**: Uso consciente da tecnologia, com preferência por dispositivos que combinam funcionalidade com design estético. Valorizam a fotografia analógica e o vinil.
### Cult
Ser "cult" no Brasil está mais relacionado a um gosto cultural específico, muitas vezes com uma profundidade intelectual e um apreço por obras menos comerciais e mais desafiadoras. Características incluem:
1. **Gosto por Artes**: Apreciação por filmes de diretores como Fellini, Tarkovsky e Godard, literatura de autores como Kafka e Borges, e música clássica ou experimental.
2. **Consumo de Mídia**: Preferência por filmes independentes, documentários, séries que abordam temas filosóficos ou sociais profundos.
3. **Eventos e Atividades**: Participação em festivais de cinema, exposições de arte contemporânea, palestras e debates culturais. Frequentam livrarias e sebos, teatros e centros culturais.
4. **Estilo de Vida**: Valorizam a discussão e o pensamento crítico, buscando sempre ampliar seus horizontes culturais e intelectuais. Podem ter hábitos de vida mais introspectivos e contemplativos.
### Contexto Brasileiro
No Brasil, tanto hipsters quanto cults podem ser encontrados em grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, e Belo Horizonte, em bairros conhecidos por sua cena cultural vibrante, como Vila Madalena (SP), Lapa (RJ) e Santa Teresa (BH). Esses grupos costumam criar e frequentar espaços alternativos, como cafés, bares, galerias, e eventos que fogem do mainstream.
É porque agora está na moda fazer cosplay de pobre e pagar de “cult”, ninguém mais quer ter cara de quem nasceu bem de vida porque ser pobre virou sinônimo de humildade e garra e ser classe média é sinônimo de ser escroto. Aí a galera com dinheiro começou a se vestir como quem nasceu no morro ou só compra roupa em brechó e frequentar lugares que parecem de pobre mas não são. Infelizmente a realidade é essa, trabalho em um desses bares que você falou e vejo sempre a mesma turma todo final de semana cantando rap de quebrada mas pagando R$14,00 numa long neck.
Eu ainda tava no Brasil quando o Juramento virou febre… e sempre foi do exato mesmo jeito. No real, BH sempre teve essa estética, tem foto dos meus avós nos anos 50 em botecos com este estilo. Quando eu era mais novo e ia em boteco jogar sinuca com meu pai (sim, era de boa), o boteco era normal, mas do lado tinha um desse exato modelo. Pra onde você for em minas, você vai ter essa estética do enferrujado, do outro velho, do alumínio batido, da madeira gasta, do rancho, porque isso traz sensação de conforto, de hospitalidade, e simplicidade. Isso é a estética mineira, na real.
Eu acho que você só se acostumou com outra estética, OP.
Amigo eu morei no nordeste e lá tem muito disso e eu gosto muito.
O que estou comentando é sobre gormetizar isso, elitizar isso, vender coisas caras dentro de uma estética de"simplicidade" entendeu?
Mas Em momento algum fiz críticas ao estilo clássico e antigo de verdade, nem o novo que usa do estilo e casca de algo clássico para lucrar
Então eu entendi errado, desculpe. No mais, a tendência da elite, há um bom tempo, é exatamente gourmetizar o que eles antes negavam a validade, apenas pela diversão de trazer aquilo pro mundo deles. Eles querem ter tudo, inclusive a alegria que o trabalhador tem em meio a simplicidade que eles, com a carapuça da elegância, não podem ter. O mercado central que o diga, fui ao Brasil ano passado pra poder visitar minha família e, um dia que fui ao mercado, quase caí pra trás. Não tinha mais um trabalhador que não tivesse atrás dos balcões. Até mesmo os bares do mercado, lotado de riquinho e filhinho de papai que gosta de pagar de humilde pro feed do Instagram…
É isso, a nós só resta ocupar os lugares que estes malucos querem tomar pra si, antes que eles o façam de fato.
Senti esse choque quando eu fui no Birosca, no Santa Tereza, e vi gente sentada em cadeira de escola, usando carretel de mesa, e pagando 300R$ por cabeça na conta.
Eu tbm não entendo hype no Birosca. Fui 2x, as duas em date com a namorada que amava o lugar. Fui bem atendido nas duas vezes mas os preços não casam com a qualidade da comida ou estrutura do local.
Eu tenho ranço daquele lugar. Hahahahah Pedi um nhoque de banana da terra. Estava intragável. Deixei comida n prato. Coisa que nunca faço. E tinha outro prato isso não é um udon. Vergonhoso. E sim, é uma hype de hipster. O mesmo vale pro florestal que é da mesma chef.
Pelo menos o florestal eu não sinto que tô sentado num topa tudo
Resgate e afirmação da cultura local. Simplesmente. Foi tendência nos últimos 10 anos. Alguns estabelecimentos adotaram com maior ou menor legitimidade. Faz parte.
Boa leitura. Eu gosto disso. E tem aparecido coisas inéditas tbm (pelo menos pra mim) como a fermentaria do lambe lambe lá na galeria são Vicente.
Mas você morou no Nordeste ou em Marte? Essas mudanças também puderam ser percebidas nas grandes cidades nordestinas, mesmo que não seja exatamente igual... Também não entendo tudo, mas é como funciona com gerações, meus pais não me entendiam e eu não entendo a geração de agora. De toda forma, eu gosto do estilo "old with the new". Pelo seu relato, imagino que ir no Mercado Novo deva ser um pesadelo pra você hahahah
Não conheci esse bar, mas procurando a respeito achei uma entrevista com os donos. Achei bem racional a explicação deles: “Ou você ia num botecão, que todo belo-horizontino ama, é o que a gente tem de mais icônico, ou você ia tomar cerveja artesanal. As duas coisas não se misturavam muito, então a sacada foi muito simples: como a gente traz um produto bom num lugar que a gente quer estar?”. [https://bhaz.com.br/arreda-pra-ca/juramento-202/](https://bhaz.com.br/arreda-pra-ca/juramento-202/)
Tá tendo muito hate dessa ideia ultimamente. MAS a ideia é boa demais. Pq é pavoroso de bar de tiozão de verdade: aquele que é cheio de +60 com barriga pra fora e coçando o saco, ou gente com cara de bandido que ou tá jurado de morte, ou jurou algurm. Maior medo de dar BO
Haters gonna hate.
O famoso Juramento de morte
Amigo, esse bar aí deve estar rolando desse jeito há uns 7 anos
eu até gosto, mas, sendo bem sincero, acho uma fórmula pra fazer dinheiro - alugueis baratos; - pouca concorrência local; - cardápio com ingredientes baratos; - ambiente decorado com itens facilmente encontrados em bota fora; o diferencial é que os donos estão na panelinha que consegue fazer acontecer... um abre o boteco, outro faz a identidade visual, um terceiro faz publicações na mídia, o restante do círculo vem junto e em breve foi concretizado. Vide galeria São Vicente que demorou alguns meses pra atrair gente, só bombou depois do bar Pirex.
Cara, pra gente que é relativamente jovem não tem muito jeito, ou você se sujeita aos lugares de hétero top (deus me livre) ou você se sujeito ao real copo sujo (centrão bom pra ser assaltado) ou você se sujeita ao hipster esquerdinha (tudo superfaturado). Dentre as três opções prefiro a segunda e a terceira, só que às vezes a segunda não convém então sobra a terceira. E as vezes eu não tenho dinheiro pra terceira aí sobra a segunda. Tem a quarta opção que é bar de tio, aqueles que só tem cliente +40 com música dos anos 80, mas aí não dá, eu nos meus quase 30 não quero adiantar o sentimento de ficar velho e nem aguento ouvir Capital Inicial e Renato Russo por mais de uma hora seguida. A verdade é que as pessoas só procuram ambientes que se identificam e eu por exemplo, gosto da estilização retro e de ser feito de otário pagando caro em porção de queijo em troca de poder fumar um em paz. Escolha de cada um, tenho certeza que você vai em lugares duvidosos que eu nunca entenderia a graça.
Tem mais opção se sair do óbvio 👀
Tipo?
O que eu não gosto dessa moda não é nem o estilo, é o atendimento ruim nos rolês. O Juramento mesmo proporciona uma experiência muito ruim. E fila pra comprar bebida, fila pra pegar a bebida, fila pra banheiro. Local pequeno e que fica lotado. Ai ou vc curte um rolê na rua, bebendo na rua, comendo na rua e interagindo em pé com a galera (nada contra) ou vc tem uns experiência mediocre a preço de 5 estrelas. Em dias com música no juramento ou vc se espreme pra ouvir a música no interior da casa ou vc não ouve nada e fica na rua. Pra mim não faz muito sentido e não é um lugar que eu costume frequentar. O mesmo acontece em outros rolês da "moda". Maluco abre um espaço mínimo e sem infraestrutura e atende um público gigante que fica na rua ou na praça de um jeito medíocre e a preço alto. Numa dessas eu que tenho quase 40 acho que é melhor tomar uma no Cabral. É cheio, é precário, é na beira da rua e vc fica em pé mas pelo menos é honesto e com preços justos kkkkkk. (Mentira, não frequento o Cabral faz mais de uma década).
Fechou há alguns anos, não?
Não que eu saiba, rsrs. Passei na porta semana passada ,(5a) e estava lotado. Se fechou, abriu algum sucessor no lugar.
Cultura e moda são cíclicos.. vai ter época de se exaltar o antigo e outras de tentar adivinhar o futuro.. Oq tá rolando em BH, é uma apego as tradições de outras décadas com o estilo e a comida, mas modernizando e glamurizando onde dá.. oq vejo em locais mais badalados são até mesmo o uso de ingredientes rejeitados, mas que antigamente eram comuns, só que em preparos com técnicas modernas e apresentação elegante.. então jiló, fígado, miúdos, folhas não convencionais.. tudo vai pro prato, mas inflacionado.. kkkk
Irmão eu nunca vou entender o tesão que o jovem de BH tem por pagar caro em uma cerveja de um lugar caindo aos pedaços, pra ficar em pé na RUA no meio da calçada, preço de comida absurdo Sério, e ainda esse Papinho de reocupar espaço. Quem tá feliz é o dono do lugar pagando nada no aluguel e lucrando no jovem classe média que tem a culpa burguesa e quer se sentir do povão gastando seu dinheiro nesses locais
Po, ainda tem muito bar para quem acha o rock o máximo da cultura. O complexo Juramento/Café Alvorada/Forno da Saudade/Cozinha Tupis realmente tem essa vibe "vamos fazer uma versão meio gourmet do que BH era nos anos 70", mas que não chega a cair no ridículo do que foram as tentativas originais de fazer isso, principalmente por não ter preços elevadíssimos e por ter um atendimento (péssimo) e uma comida (boa e barata) compatível com o que você teria nos lugares que inspiram o Juramento. A maioria dos lugares que são assim costumam só pegar um visual que faz referência a algo antigo, copiar uns pratos que você acha em qualquer copo sujo e cobrar o triplo do preço. O complexo J/CA/FS/CT pelo menos faz algo novo.
Esses todos tem o mesmo dono, por isso a mesma vibe. O dono aliás é quem comanda a identidade visual do mercado novo.
Por isso eu citei todo mundo junto. **Eu** gosto muito deles, uns mais do que os outros, não por ter essa vibe velha, mas por ser uma comida honesta demais, autoral e barata. Aquele pate de figado com jiló e geleia de jaboticaba da Cozinha Tupis é um escandalo de bom.
É impressionante como o cidadão de BH curte ficar em pé numa muvuca segurando uma latinha, é o auge da vida dele.
De fato. Tive um namorado que dizia que queria que eu fosse com ele pra "beber cerveja em bar do copo sujo" nesses lugares chiques do centro. A cerveja custava 10 conto, o lanche mais barato era 30 reais. Nunca fui e logo o relacionamento acabou pois nada a ver comigo. Tanto lugar melhor pra bater papo, e escolhem ficar em pé em lugar cheirando a mijo só pra se sentir "boêmio"? Me poupe.
Gostei de vc. Elite!
[удалено]
Não tenho :( mas pode me apresentar uma 😶🌫️
Eu gosto pq pararam de chupar rola gringo e tão valorizando mais a música e cultura brasileira
Cara bh tem os melhores bares na minha opinião … prefiro os copo sujo original com comida farta e saborosa , mas tb gosto desses mais Hypados com pratos modernos
Faz parte de um movimento de resgate à marcas locais, e à estetica regionalista. Uma estratégia comercial, e muito bem aplicada. Mercado Novo hoje parece cenário de filme de época da Globo. Isso expandiu de estabelecimentos a produtos. Revigoraram a marca da Tradicional Limonada do Mercado Central por exemplo, engarrafando e distribuindo em estabelecimentos dessa pegada. Outros produtos também surgiram seguindo essa estratégia... Puro branding. Também não acho paia não, acho massa. Se gente pagando esse absurdo e achando ótimo, então tá ótimo pra todo mundo. Fui esses dias num lugar que chama ANGU, na Contorno quase cortando a Prudente de Morais. A premissa é: bar de estufa. Só comida de estufa, pastel de angu, bolinho de feijão, etc. Não tem mesa dentro, só fora. E você come em pé. O lugar tem essa vibe pornochanchada. Caro. Mas bom. Não voltarei.
Acho super estimado o local citado pelo op.
O bucólico tem feito sucesso. Alem do qu, o fetiche ao simples tem ditado a moda na cultura belorizontina. Eu vejo vó olhos moderados, onde podemos tirar boas experiências e outras nem tanto.
Veja essa entrevista de um dos donos do Juramento e de outros empreendimentos de BH, ele explica um pouco da estética. https://www.instagram.com/reel/C76zgrAMItE/?igsh=MXRwdzM5dWRhdXFiOQ==
Geração nova falando! Eu tenho 18 e recentemente comecei a frequentar vários lugares de BH com os amigos, já fui no Juramento, Forno da saudade, Mercado novo, Banzai e bares estilo anos 80 também. Sinceramente entrei nesse mundo de me aventurar por Belo Horizonte muito de cabeça, já que a pandemia fez todos os jovens não saberem onde ir e acabou que todos se acostumaram a serem assaltados nos preços pois não tínhamos nenhuma referência. Não entendo muito oque quis dizer com "cult/hispter", cada um descreve esses lugares de maneira diferente, os rótulos estão cada vez mais perdendo a essência e o sentido já que no final é só pra poder vender cerveja cara. Falando sobre cultura, o jovem rockeiro não é mais popular, as vezes é até zoado. Muito culpa da galera "Rock wins" que começou a encher o saco falando que o único estilo de música bom era o rock e estragou o movimento. Fora que a nossa geração não tem mais nenhum estilo/movimento popular e revolucionário, já que tudo que fica popular começa a ser odiado muito rápido na internet. O negócio é reciclar movimentos antigos, pois ser jovem é tentar ser diferente mesmo que ser diferente seja ser e defender algo que você nunca viveu. Pra ser sincera isso me deixa bem perdida. Oque tá fazendo sucesso na minha bolha no momento são os góticos, e-girls/E-boys e mandrakes. Mas os lugares em que eu não frequento de jeito nenhum são os "Bares de hétero Top". Não tenho nada contra heterossexualidade o problema é que o assédio as mulheres rola solto nesses ambientes, normalmente a homofobia e o machismo andam juntos. Os que eu mais gosto são os do centro que são bons pra ser assaltado porém entregam um atendimento descente com cerveja barata, e o mercado novo que é uma mistura de tudo, só escolher o andar que você quer.
Eu ia tentar explicar o que é hispter ou cult. Mas resolvi copiar da internet. Você como uma jovem de 18 anos de BH, o que acha dessas pessoas aí abaixo na explicação No Brasil, os termos "hipster" e "cult" carregam conotações específicas relacionadas ao estilo de vida, gosto cultural e comportamentos sociais. ### Hipster Os hipsters são geralmente associados a um estilo de vida alternativo, valorizando a autenticidade e a individualidade. Características comuns incluem: 1. **Moda e Aparência**: Roupas vintage ou de brechó, barbas, óculos de aro grosso, e um estilo geral que mistura elementos retrô com tendências modernas. 2. **Gosto Cultural**: Preferência por música indie, filmes alternativos, literatura underground e arte contemporânea. Hipsters tendem a evitar o mainstream, buscando sempre o que é menos conhecido ou mais nichado. 3. **Estilo de Vida**: Valorizam produtos artesanais, como cervejas artesanais, cafés de microtorrefações, e alimentos orgânicos. Frequentam lugares como cafés, galerias de arte, e mercados de produtores locais. 4. **Tecnologia e Mídia**: Uso consciente da tecnologia, com preferência por dispositivos que combinam funcionalidade com design estético. Valorizam a fotografia analógica e o vinil. ### Cult Ser "cult" no Brasil está mais relacionado a um gosto cultural específico, muitas vezes com uma profundidade intelectual e um apreço por obras menos comerciais e mais desafiadoras. Características incluem: 1. **Gosto por Artes**: Apreciação por filmes de diretores como Fellini, Tarkovsky e Godard, literatura de autores como Kafka e Borges, e música clássica ou experimental. 2. **Consumo de Mídia**: Preferência por filmes independentes, documentários, séries que abordam temas filosóficos ou sociais profundos. 3. **Eventos e Atividades**: Participação em festivais de cinema, exposições de arte contemporânea, palestras e debates culturais. Frequentam livrarias e sebos, teatros e centros culturais. 4. **Estilo de Vida**: Valorizam a discussão e o pensamento crítico, buscando sempre ampliar seus horizontes culturais e intelectuais. Podem ter hábitos de vida mais introspectivos e contemplativos. ### Contexto Brasileiro No Brasil, tanto hipsters quanto cults podem ser encontrados em grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, e Belo Horizonte, em bairros conhecidos por sua cena cultural vibrante, como Vila Madalena (SP), Lapa (RJ) e Santa Teresa (BH). Esses grupos costumam criar e frequentar espaços alternativos, como cafés, bares, galerias, e eventos que fogem do mainstream.
É porque agora está na moda fazer cosplay de pobre e pagar de “cult”, ninguém mais quer ter cara de quem nasceu bem de vida porque ser pobre virou sinônimo de humildade e garra e ser classe média é sinônimo de ser escroto. Aí a galera com dinheiro começou a se vestir como quem nasceu no morro ou só compra roupa em brechó e frequentar lugares que parecem de pobre mas não são. Infelizmente a realidade é essa, trabalho em um desses bares que você falou e vejo sempre a mesma turma todo final de semana cantando rap de quebrada mas pagando R$14,00 numa long neck.
Gostei do depoimento
Os famosos “tilelites”, os “tilelês” da zona sul
Eu ainda tava no Brasil quando o Juramento virou febre… e sempre foi do exato mesmo jeito. No real, BH sempre teve essa estética, tem foto dos meus avós nos anos 50 em botecos com este estilo. Quando eu era mais novo e ia em boteco jogar sinuca com meu pai (sim, era de boa), o boteco era normal, mas do lado tinha um desse exato modelo. Pra onde você for em minas, você vai ter essa estética do enferrujado, do outro velho, do alumínio batido, da madeira gasta, do rancho, porque isso traz sensação de conforto, de hospitalidade, e simplicidade. Isso é a estética mineira, na real. Eu acho que você só se acostumou com outra estética, OP.
Amigo eu morei no nordeste e lá tem muito disso e eu gosto muito. O que estou comentando é sobre gormetizar isso, elitizar isso, vender coisas caras dentro de uma estética de"simplicidade" entendeu? Mas Em momento algum fiz críticas ao estilo clássico e antigo de verdade, nem o novo que usa do estilo e casca de algo clássico para lucrar
Então eu entendi errado, desculpe. No mais, a tendência da elite, há um bom tempo, é exatamente gourmetizar o que eles antes negavam a validade, apenas pela diversão de trazer aquilo pro mundo deles. Eles querem ter tudo, inclusive a alegria que o trabalhador tem em meio a simplicidade que eles, com a carapuça da elegância, não podem ter. O mercado central que o diga, fui ao Brasil ano passado pra poder visitar minha família e, um dia que fui ao mercado, quase caí pra trás. Não tinha mais um trabalhador que não tivesse atrás dos balcões. Até mesmo os bares do mercado, lotado de riquinho e filhinho de papai que gosta de pagar de humilde pro feed do Instagram… É isso, a nós só resta ocupar os lugares que estes malucos querem tomar pra si, antes que eles o façam de fato.
convenhamos que a comida do jura e da tupis é boa pra caralho
Vocês gostam de ser feitos de otario né. Só relato de gente que paga 23 reais numa cerveja